Promover uma mudança institucional de paradigmas através de ações simples do dia a dia, sobretudo nos aspectos que envolvem a redução do consumo e a gestão de resíduos de forma consciente, exercitando, assim a plena cidadania e as práticas sustentáveis. Imbuído dessa visão sistêmica, o desembargador Luiz Eduardo de Sousa instalou, na tarde desta quinta-feira (10) o Plano de Logística Sustentável (PLS) em Hidrolândia, comarca escolhida para adoção do projeto piloto. Ao lado da juíza Wilsianne Ferreira Novato, diretora do Foro local, o desembargador Luiz Eduardo, que é coordenador do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental do TJGO e do PLS (também ouvidor-geral da Justiça de Goiás), pediu o engajamento de todos os servidores na adesão das novas medidas e disse que a vertente da humanização no âmbito do Poder Judiciário é um caminho sem volta, já que a sustentabilidade vai além da preocupação ambiental e tem amplo alcance social. 

Em clima de informalidade, o desembargador lembrou que a previsão em Hidrolândia é a de que haja 10% na redução do consumo de papel, água e esgoto, energia elétrica,  combustível e outros produtos, conforme as metas estipuladas. “Nossa expectativa para 2016 é enorme e pretendemos alcançar todas as comarcas do Estado, algumas, inclusive, já despertaram interesse na implementação do plano. Começamos por Hidrolândia e o objetivo inicial é diminuir em 10% todo o desperdício. Estamos garantindo o futuro do planeta, das próximas gerações. Nossa responsabilidade social é notória e o simples gesto de mandar consertar uma torneira que está pingando pode ajudar a salvar vidas lá na frente, pois já nos deparamos, por exemplo, com a falta de água em várias regiões do País”, comentou, ao observar que o plano faz parte de um amplo e estruturado conjunto de iniciativas instituídas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), através da Resolução nº 201 de 2015.

Uma breve apresentação sobre o PLS foi feita pelos servidores do Núcleo de Responsabilidade Socioambiental do TJGO Claudivina Batista Rosa e Eduardo Borges de Souza. A exposição tratou de temas como as diretrizes estratégicas nacionais para implantação e aperfeiçoamento do PLS, bem como dos conceitos de sustentabilidade, preservação do meio social em que o indivíduo está inserido, mudanças de hábito cotidianos (proatividade e inovação) e propostas específicas para atendimento das metas fixadas. Foram escolhidos seis servidores que atuarão na comarca como multiplicadores para o auxílio nos trabalhos, que também terá o acompanhamento de uma equipe técnica.

O secretário de Gestão Estratégica do TJGO, Luís Maurício Bessa Scartezini, reforçou o posicionamento do desembargador Luiz Eduardo de que é preciso pensar no futuro no que tange ao alcance social promovido por meio das práticas sustentáveis, além de estar atento às condições presentes com a capacidade de melhorar os resultados e se adaptar à nova situação pela qual passa o planeta. Ele explicou que a SGE dá todo o suporte de planejamento e faz a co-relação com as outras metas que irão gerar resultados positivos para a melhora da prestação jurisdicional e também do clima organizacional nessa seara. “O fato de todos aderirem às metas de redução de 10% no consumo é um avanço muito grande e positivo. A preocupação não se restringe ao campo ambiental, mas social. Muitas famílias sobrevivem do lixo, por exemplo, e a falta de recursos naturais básicos num País tão abundante, há algum tempo distante, está hoje muito próximo de nós. A conscientização é fundamental e a integração dos servidores tem um papel de grande relevância para atingirmos esse objetivo”, realçou.

Entusiasmada com a escolha da comarca para implementação do projeto-piloto, Wilsianne Ferreira garantiu que todos os esforços serão desempenhados para cumprimento das normas do PLS. “Nos sentimos honrados com essa oportunidade e todos estamos envolvidos diretamente nesse projeto de tanta relevância social. Passamos agora a economizar desde o copo descartável até a resma de papel, que já passou a ser usada frente e verso”, exemplificou.

Conjunto de metas

O PLS se propõe a implementar ações em 14 metas, desenvolvidas nos ambientes internos do Poder Judiciário do Estado de Goiás, com alcance em todas as comarcas do Estado, cuja intenção é reduzir o consumo de papel, água, energia elétrica e outros produtos. Considerado uma ferramenta na busca pela otimização do processo de coordenação do fluxo de material, de serviços e informações, o plano agrega etapas que vão do fornecimento ao desfazimento, considerando a proteção ambiental, a justiça social e o desenvolvimento econômico equilibrado do Poder Judiciário. A finalidade é promover a sustentabilidade voltada para a otimização dos padrões de consumo, para a preservação dos recursos naturais, promoção de ações sociais e de qualidade de vida no trabalho (QVT). (Texto: Myrelle Motta/Fotos: Wagner Soares: Centro de Comunicação Social do TJGO)

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