O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, decretou, no final da tarde desta terça-feira (30), a prisão do delegado de Polícia Cívil Willy Borges de Amorim, acusado de tentar matar Danilo Souza Campos e Georton dos Passos Rodrigues, em frente à boate Santafé, no Parque Agropecuário de Goiânia, em maio de 2011.
Ele não compareceu a audiência realizada hoje, bem como não justificou sua ausência. O delegado não foi intimado por não ter sido encontrado. De acordo com o magistrado, a ausência do acusado estampa uma situação de desprezo pelo andamento processual, o que, segundo Jesseir, justifica a utilização do artigo 311 do Código de Processo Penal no sentido de garantir a instrução criminal, bem como a ordem pública.
Na audiência de hoje, as testemunhas ouvidas informaram ao juiz que o delegado se comportava de maneira inconveniente dentro da boate no dia do fato, urinando no local, dando tiros com a arma que portava e que sempre apronta confusão. Além disso, observou o juiz, Willy se envolveu, recentemente, em uma outra briga em Goiânia.
Na sua prisão em flagrante, ele encontrava-se embriagado e chegou a falar ao delegado plantonista que presidiu o auto de prisão em flagrante, de que era autoridade policial em Brasília (DF) e que era maior do que os delegados de Polícia de Goiás. Na ocasião, o juiz plantonista concedeu-lhe a liberdade provisória, sem fiança, quando foi expedido alvará de soltura.
Foram ouvidos, além da vítima Danilo Souza Campos, as testemunhas arroladas na denúncia Alderico Anastácio Fidência Netto, Selestrino Gonçalves Júnior e Wandelson Alves da Silva. Georgeton dos Passos Rodrigues, Thiago Santana da Silva e Marcos Ribeiro Padilha, também arroladas na denúncia, não compareceram, mas justificaram a ausência. (Texto: Aline Leonardo - Centro de Comunicação Social do TJGO)