O 1º Tribunal do Júri de Goiânia condenou François do Couto Miranda, torcedor do Vila Nova, a dez anos e oito meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pela tentativa de homicídio de Kaik Vinícius Souza da Silva, em fevereiro de 2011, quando ele tinha apenas três anos. O júri foi presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

O tiro era destinado ao padrasto de Alefi Pereira Kamla, torcedor do Goiás e morto dois meses antes por Douglas Alves Machado, integrantes do grupo de François e da torcida Esquadrão Vilanovense. Os jurados reconheceram a materialidade da lesão e entenderam que o François, ao agir, deu início a execução de um crime de homicídio que só não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade.

O menino estava no banco de trás de um carro estacionado na porta de um supermercado, no Setor São José, e, mesmo sem ter nada a ver com o caso, foi vítima da briga de torcida estabelecida entre os grupos. De acordo com André Alves de Oliveira, padrasto de Alefi, os indiciados queriam mata-ló por pensarem que ele vingaria a morte do enteado e, ainda, por suspeitarem que teria sido autor da morte de um amigo deles.

Várias testemunhas ouvidas pela polícia reconheceram a moto vermelha pertencente a François, que era pilotada por Douglas, além de afirmarem terem visto François disparar o tiro que atingiu Kaik. (Texto: Aline Leonardo - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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