A equipe da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), tendo à frente a coordenadora,  juíza Célia Regina Lara, realizou nesta quinta-feira (25), durante todo o dia, no Colégio Estadual Elias Jorge Cheim, em Cavalcante, palestra sobre o trabalho dos profissionais que compõem a Rede de Proteção Infantojuvenil de municípios da região. A ação faz parte da quarta semana do “Mês da Presidência” em Cavalcante, dentro do projeto “Raízes Kalungas – Justiça e Cidadania”, idealizado pelo presidente do TJGO, desembargador Carlos França.

A palestra contou com a participação de 30 profissionais que integram a Rede de Proteção Infantojuvenil dos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre, e teve como objetivo fomentar a atuação interdisciplinar dos profissionais, contribuindo para a efetivação de direitos de crianças e adolescentes e atuando na prevenção às diversas formas de violência.


Fortalecer o combate à violência

A coordenadora da CIJ, juíza Célia Regina Lara, destacou que o Poder Judiciário estadual está na região para somar forças, entender as deficiências, corrigir e estimular o trabalhar em parceria com os profissionais que compõem a Rede de Proteção. “Esses profissionais são fundamentais para fortalecer o combate à violência e violação dos diretos de crianças e adolescente da região”, afirmou a magistrada.

Dinâmica

Ao dar início à palestra, Célia Regina Lara promoveu uma dinâmica, onde todos teriam que segurar as mãos uns dos outros de forma entrelaçada, tendo por objetivo mostrar que o trabalho em rede e a união fazem toda a diferença para a execução dos trabalhos com a comunidade. Ela, então, sustentou que “enquanto estivermos firmes, vamos conseguir trabalhar juntos em prol de crianças e adolescentes vítimas das mais variadas formas de abusos, maus-tratos, abandono e negligência”.

Célia Regina Lara ressaltou que o trabalho em rede consiste no compartilhamento de atividades, atuação responsável de cada ente, de acordo com suas atribuições, comunicação efetiva de fatos e situações, busca em conjunto pelas soluções, fomento à atuação interdisciplinar dos profissionais envolvidos, de maneira que cada um contribua para o restabelecimento da garantia e direitos de crianças e adolescentes”.
 “A rede de proteção aqui precisa se unir para permitir com que ocorra o funcionamento coordenado. Sei que há deficiências na estrutura e falta de profissionais, porém precisamos, nos unir com a rede e com o que temos aqui e agora”, frisou a magistrada.



Suporte

O psicólogo Flávio Serafim, que atua nas cidades de Cavalcante e Teresina de Goiás, disse que o projeto do Poder Judiciário tem sido válido e de fundamental importância para que a rede de proteção seja eficaz. “A somatória de forças desses componentes da rede de proteção pode trazer serviços melhores para as comunidades. Esse processo de formação é fundamental”, afirmou. Ele ainda informou que, desde quando passou atuar na área, há relatos de vítimas que tiveram violação de direitos, “porém a rede tem conseguido oferecer suporte, principalmente com escuta especializada”, completou.


Comprometimento

A assistente social da Secretária da Saúde de Cavalcante e do CRAS de Teresina de Goiás, Fátima Garcés, contou que a palestra oferecida pela Coordenadoria da Infância e Juventude do TJGO é uma evolução. “Essa iniciativa é fundamental para despertar o interesse e o comprometimento de todos”, esclareceu. Para ela, a maior dificuldade é trabalhar a atuação da família na vida de crianças e adolescentes.

A diretora das escolas quilombolas de Campo de Monte Alegre, Celuta dos Santos, falou que o projeto é bem- vindo para a comunidade, uma vez que trabalhará para criação e inserção de políticas públicas que visem a melhoria da prestação de serviços para crianças e adolescentes da região. Ela pontuou que há necessidade de implantação de pontos de atendimento na comunidade. “Nós, que estamos no território quilombola, estamos esquecidos e invisíveis”, afirmou ela, que ainda sugeriu a necessidade de concentração da ação nas comunidades.


Roda de conversa

Dando continuidade ao cronograma, as integrantes da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do TJGO, Carla de Paiva Rodrigues e Fabíola Aurélio Costa, e a servidora do Juizado da Infância e Juventude de Luziânia, Jaqueline Mota Cardoso, promoveram uma roda de conversa com os componentes da Rede de Proteção da região. Entre as principais demandas levantadas, estavam as ações de medidas socioeducativas, como também os acolhimentos institucional e familiar, e, ainda, adoção e entrega legal para adoção. Na oportunidade, os profissionais da Rede de Proteção puderam tirar dúvidas.
Para a diretora de escola Ivanir de Araújo, a iniciativa da promoção da rede de conversa foi fundamental para o alinhamento de conceitos e o compartilhamento de experiências, fomentando propostas de possíveis metodologias e boas práticas que podem ser empregadas, de forma positiva, para intervenções no combate à violência contra crianças e adolescentes da região. (Texto: Acaray Martins/ Fotos: Wendel Reis- Centro de Comunicação Social do TJGO)

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