A cultura, tradição, hábitos e condições sociohistórica dos povos originários e da comunidade Kalunga está retratada em 30 imagens captadas pelos servidores Cecília Oliviera e Wagner Soares. É a Exposição Goyazes, iniciativa da Escola Judicial de Goiás (Ejug) aberta nesta segunda-feira (17). A mostra segue até o dia 28 de julho, nos jardins do térreo do Palácio Desembargador Clenon de Barros Loyola, próximo ao auditório da Ejug, sede do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

Segundo a servidora Cecília Oliveira, o trabalho fotográfico no território Kalunga foi realizado na região da Chapada dos Veadeiros no fim de 2021. "Atualmente, em Goiás, está a maior comunidade remanescente de quilombo do Brasil, composta por cerca de duas mil famílias, abrangendo os municípios de Teresina de Goiás, Cavalcante e Monte Alegre de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros", pontua, ao destacar as impressões que teve no período em que  fotografou a comunidade. "Isolados até meados de 1970, muitas famílias kalungas ainda convivem sem infraestrutura básica de estradas, eletricidade, comunicações, saneamento, dificuldades de acesso à educação, ofertas de emprego, um abandono que evidencia o racismo institucional e estrutural da sociedade brasileira".


Povos indígenas

O fotógrafo Wagner Soares registrou o cotidiano de três aldeias que vivem em Goiás: os Iny Karajá, em Aruanã, os Tapuias, em Rubiataba e os Ava-canoeiros, na região de Minaçu. "Buscamos retratar o dia a dia desses povos, seus costumes, crenças, cultura, tradições e lutas vividas por eles, muitos deles quase extintos, como os Ava-Canoeiros, que hoje totalizam apenas oito pessoas e somente três vivem na aldeia. Foi emocionante conhecer a realidade deles e espero que o público aprecie também", afirma.

 

Veja galeria (Texto: Karinthia Wanderley - fotos: Cecília Oliveira e Wagner Soares - Centro de Comunicação Social).


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