Com o objetivo de melhorar a integração de seu público interno, o Juizado da Infância e Juventude de Goiânia promove Círculos de Construção de Paz, em agenda que vai até julho desse ano. A programação envolve todos os servidores da unidade, incluindo aqueles terceirizados. Os Círculos de Construção de Paz são uma das práticas da Justiça Restaurativa e consistem em um processo estruturado de comunicação, que podem ser utilizados tanto em situações de conflito quanto em situações cotidianas tendo como princípios a horizontalidade das relações, o respeito, a confidencialidade e a comunicação não violenta.

Realizados quinzenalmente, os círculos atenderão sete grupos, cada um deles com cerca de dez pessoas, sempre às sextas-feiras. Iniciado em abril, o projeto já promoveu dois círculos, nos dias 14 e 28 de abril. A a agenda contempla ainda sessões nos dias 12 e 26 de maio; 16 e 30 de junho e, ainda, 14 de julho.

“Nosso objetivo é trabalhar os relacionamentos e nesses grupos misturamos pessoas de todos os setores, das mais diversas áreas. Têm pessoas que trabalham no mesmo prédio, mas que não tinham tido a oportunidade de se conhecerem melhor e estabelecerem um diálogo”, contou Waleska Cordeiro Silvério Costa Oliveira, servidora do juizado e, junto com Marina Rosaura Rodrigues, também facilitadora dos círculos de construção de paz. “Percebemos que o projeto promove integração, melhora a comunicação e pode aumentar o sentimento de pertencimento com o ambiente de trabalho”, complementou Waleska.

A telefonista Marta Helena da Silva participou do segundo encontro e contou que desde então se sente diferente e mais positiva. Antes do círculo, segundo ela, era insegura, ansiosa e tinha dificuldade para entender algumas pessoas. “Hoje, quando percebo uma pessoa falando de forma mais arrogante não fico irritada, fico pensando se ela está com algum problema e sou mais gentil”, afirmou ela. “Hoje, sou capaz de agradecer até um copo de água que eu tomo. Gostei muito”, relatou.

Expressar sentimentos
Participante do primeiro encontro realizado em abril, a também telefonista Kédima Rodrigues da Silva disse que se sente mais receptiva após ter participado do círculo e também mais integrada com alguns colegas, que apesar de trabalharem no mesmo espaço, ela não conhecia bem. Após o círculo, ela doou várias revistas para as próximas edições do evento. Ela não tem dificuldade para expressar seus sentimentos, mas adorou a dinâmica com as revistas que facilita esse processo para outros colegas mais tímidos. (Centro de Comunicação Social do TJGO)

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