“O que é a felicidade? O que ela significa? A felicidade não é tão óbvia quanto parece. Os trancos e barrancos são importantes para sermos felizes”, é o que destacou o filósofo, escritor e professor universitário Luiz Felipe Pondé, durante palestra, na manhã desta segunda-feira (31), no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). O evento, uma parceria da Diretoria de Recursos Humanos (DRH) e a Escola Judicial (Ejug) do TJGO,  faz parte das comemorações do Mês do Servidor Público no Judiciário goiano.

Luiz Felipe Pondé é filósofo contemporâneo de grande popularidade no Brasil, tendo publicado mais de 15 livros e ministrado cursos em todo o País. A apresentação de seu currículo ao público foi feita pelo diretor da Ejug, desembargador Reinaldo Alves Ferreira, que na abertura representou o presidente Carlos França. “Além de tudo, Pondé é professor. Costumam me chamar de doutor, desembargador, magistrado, mas quando me chamam de professor, confesso que sinto um orgulho especial. É uma honra também ser docente”, pontua Reinaldo Alves.

A diretora de Alocação e Atendimento ao Servidor, Patrícia Magalhães, endossou a política de valorização da gestão. “O TJGO investe num caminho contínuo do aprimoramento pela excelência com o objetivo de formar melhores seres humanos. O palestrante Cortella falou sobre a lente de encarar a vida com gratidão, para que a vida tenha mais sentido, bem como serviço que prestamos à sociedade. Agora, com Pondé, teremos oportunidade de ouvir e refletir sobre o caminho da felicidade por um viés filosófico. É um momento de reflexão que nos conecta ao aprimoramento contínuo”.

Sobre a palestra 

O filósofo Luiz Felipe Pondé compartilhou com o público o conceito de felicidade e abordou temas como expectativas, paciência, virtude e ética. Para ele, a felicidade não vem fácil e nem é tão óbvia. “A motivação vem aos trancos e barrancos. É reconhecer que ela está acontecendo. A grande dificuldade, na maioria das vezes, é com relação à expectativa da felicidade”, pontuou.

Pondé ainda afirmou que, de fato, a ideia de ser feliz o tempo todo é ruim. "Hoje se fala muito de felicidade, se vende felicidade como se fosse fácil. A busca pela felicidade pode tornar-se um caminho perigoso, ainda mais na nossa sociedade com redes sociais e muitas informações”, salientou, ao aconselhar que “eu diria para alguém que está tentando ser muito feliz é 'cuidado', felicidade não se vende por aí”, concluiu. Além disso, para ele, as redes sociais geram ansiedade, mais um outro fator que mostra que a felicidade não é tão simples. “Hoje, a felicidade está ligada ao desejo e o desejo é algo que te engana”, alertou, ao lembrar que há vários tipos de ansiedade.

De acordo o filósofo, a experiência de vida ajuda a pessoa a ser mais cuidadosa e só se ganha vivendo e amadurecimento. “Isso tudo implica que você consegue colocar em algum lugar no coração nas tristezas e fracassos. Há coisas que não dá para você fazer e você precisa entender isso”, disse.

Por fim, Luiz Felipe Pondé alertou que “grandes expectativas fazem com que você sofra e fique infeliz”. Ele enfatizou que, na visão filosófica, felicidade tem a haver com prática de virtude. “Coragem é um dos motivos para ter felicidade. Além disso, virtude e ética são práticas”, salientou.

Estiveram também presentes na palestra, o juiz substituto em segundo grau, Aureliano Albuquerque Amorim; a juíza auxiliar da Presidência do TJGO, Sirlei Martins da Costa; o juiz da comarca de Goiânia, Fernando Xavier; a secretária-geral da Presidência do TJGO, Dayhenne Mara Martins Lima; o diretor-geral do TJGO, Rodrigo Leandro; o diretor Financeiro, Irismar Dantas; a coordenadora Administrativa da EJUG, Eunice Machado Nogueira; a coordenadora da Central de Processamento Eletrônico, Cássia Aparecida de Castro Alves, além de servidoras e servidores do Poder Judiciário. (Texto: Lilian Cury e Arianne Lopes / Fotos: Gusthavo Crispim – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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