Promovida pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), foi realizada, nesta segunda-feira (1°), no auditório do TJGO, mais uma edição da Oficina de Pais, que acontece toda primeira segunda-feira do mês. Este é o terceiro encontro do ano e foi transmitido pelo canal do TJGO no YouTube.

O encontro desta segunda-feira (1º), conduzido pela psicóloga e presidente da Associação de Terapia Familiar de Goiás (ATFAGO), Eliane Pelles Machado Amorim, objetiva ajudar pais e mães a entenderem melhor os efeitos da separação na sua vida e na de seu filho, como também auxiliar estes pais em como ajudar a si próprio e a seu filho a superar as dificuldades desta fase de mudança e a ter uma vida mais harmoniosa.

Na palestra, Eliane Pelles abordou o que pode ser feito para ajudar os filhos durante o processo de separação. A iniciativa, segundo ela, tem como objetivo instrumentalizar as famílias que enfrentam conflitos jurídicos relacionados ao divórcio ou à dissolução da união estável. “Quando o foco é você, é preciso garantir a segurança, permitir-se um tempo, refletir sobre o passado para ter um futuro melhor”, frisou ela ao reforçar que, se necessário, deve se procurar ajuda. “Procurar ajuda é sinal de força, não fraqueza”, completou a psicóloga.

Quando o foco é a filha ou filho, Eliane Amorim reforça que é preciso conhecer e respeitar os direitos dos filhos. “Sentir-se como ele se sente sobre o divórcio dos pais, expressar o seu sentimento, formular perguntas sobre o que vai acontecer e por que, conversar com alguém se ele precisa de ajuda”, não ouvir um dos pais falar mal do outro, não tomar partido”, ressaltou ela.

Alienação parental

Também foi abordado  pela presidente da ATFAGO, a alienação parental que, para ela, é um fenômeno complexo que se caracteriza como uma violência psicológica e abuso moral contra o próprio filho. Ela também citou a Lei n°12.318, de 26 de agosto de 2010, que é a Alienação Parental. “O artigo 2° considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou a manutenção de vínculos com este”, destacou.

Caso o conflito não acabe, ela lembrou que há um “leque” de possibilidades. “Os juízes tem entendido que em algumas situações, não se resolvem apenas por meio do processo, mas também pela questão interdisciplinar, havendo uma intermediação de outros profissionais.

Pais e mães
Participando pela quinta vez da oficina, a mãe C.B se reconheceu fazendo alienação parental com o pai do seu filho e não tinha a dimensão do prejuízo que causava às pessoas. “Vi que errei, que tive atos de alienação parental e que afastei meu filho do pai. Porém, hoje busco melhorar e ajudar a entender os conflitos. Toda vez que participo de palestras como essa, aprendo algo novo. Tenho usado na prática o que estou aprendendo aqui”, afirmou, ao dizer que vai convidar uma amiga para vir na próxima edição da oficina.

Recém-separado e pai de uma criança de 7 anos, E.F.S disse que gostou da oficina e que vai lhe ajudar bastante para lidar com o processo de separação que tramita na Justiça. “São sentimentos diversos e eu vi que houve raiva de ambos os lados e isso só prejudica a gente e o nosso filho”, considerou. “Se eu tivesse feito a oficina antes, eu teria evitado algumas coisas”, afirmou. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Gusthavo Cripim – Centro de Comunicação Social do TJGO)

 

Calendário das próximas edições da Oficina de Pais:


SETEMBRO/2022:
Data: 05/09
Horário: 08:00 às 12:00 horas
Local: Auditório do TJGO

OUTUBRO/2022:
Data: 03/10
Horário: 08:00 às 12:00 horas
Local: Auditório do TJGO

NOVEMBRO/2022:
Data: 07/11
Horário: 08:00 às 12:00 horas
Local: Auditório do TJGO

DEZEMBRO/2022:
Data: 05/12
Horário: 08:00 às 12:00 horas
Local: Auditório do TJGO

  •    

    Ouvir notícia:

Programa de Linguagem Simples do TJGO