A migração do processo físico para o digital provocou transformações no Poder Judiciário, que precisa, constantemente, investir em aparato tecnológico. Dessa forma, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) informa a aquisição de um novo serviço revolucionário e, até então, inédito no sistema de Justiça estadual: a nuvem on-premise, que tem capacidade flexível, podendo chegar a quatro vezes ao utilizado atualmente. A expectativa é melhorar o acesso aos bancos de dados e propiciar estabilidade nos sistemas, principalmente nos horários de pico.


 

O investimento está em consonância com a gestão do presidente, desembargador Carlos Alberto França, em propiciar melhores condições para aprimorar a prestação jurisdicional. "É inegável que a tecnologia tem ocupado um grande espaço hoje e, cada vez mais, o universo on-line será ampliado. Dessa forma, o TJGO sai na frente em investir nos melhores recursos, a fim de garantir qualidade de acesso, estabilidade e segurança ao público interno e externo", destacou o chefe do Poder Judiciário Estadual. 

A nuvem on-premise é similar ao serviço de nuvem pública, contudo, toda a solução fica dentro do ambiente de datacenter do TJGO. "A medida trouxe quase todos os benefícios do serviço de nuvem pública sem a necessidade de mudar toda a infraestrutura de TI. Essa contratação permitirá o uso do banco de dados como serviço, pagando somente pelo que for utilizado de processamento, ou seja, a capacidade de processamento do banco de dados irá se ajustar a nossa demanda, pelo período que for necessário”, explica o diretor da Divisão de Infraestrutura Tecnológica, Giuliano Oliveira.

A grande mudança é na flexibilidade do serviço, que se adequa exatamente ao que o TJGO necessita. “Isso se assemelha à conta de luz ou de água, por exemplo. Pagamos somente pelo que utilizamos e no momento em que utilizamos. Não existe mais a necessidade de contratar as licenças e o hardware, pois  todo o recurso estará provisionado no TJGO e será utilizado quando for necessário”, elucida o diretor sobre a economia de recursos também propiciada com a iniciativa.

Para os usuários, a nova contratação significa mais estabilidade nos sistemas. “A solução que será implantada no TJGO possui mecanismos de alta resiliência, que tornará o ambiente computacional estável para os usuários, com aumento de disponibilidade da aplicação Projudi”, acredita o diretor de infraestrutura.

“Por utilizar equipamentos especializados em banco de dados, esperamos ainda uma melhora no tempo de resposta da aplicação, melhorando a usabilidade da mesma para o usuário final”, conclui.

Mudanças

Desde que a informatização processual se tornou realidade, o TJGO veio, sucessivamente, buscando soluções para formar um aparato tecnológico de qualidade, para adequar o acesso crescente ao sistema Projudi/PJD, principalmente no ambiente de banco de dados. Contudo, os modelos de aquisição antigos geravam encargos administrativos e financeiros, diferentemente do serviço adotado agora.

Anteriormente, as licenças dos bancos de dados eram adquiridas antecipadamente e o equipamento servidor (hardware) precisava ser trocado a cada nova compra, a fim de acompanhar as licenças e aquisições. “Após cada expansão, tínhamos, no mínimo, dois novos contratos para ser geridos (hardware e software) e uma vez comprado o hardware, havia, também, a necessidade de se fazer a gestão do ciclo de vida desse equipamento”, relata o servidor à frente da Divisão de infraestrutura.


Além disso, foi observado que a utilização do serviço não era constante ao longo do dia, com dois períodos de pico de acessos simultâneos. “Embora tivéssemos recurso computacional e licenças para suportar a demanda durante a maior parte do tempo, durante dois momentos do dia havia escassez de recurso computacional, devido ao pico de números de usuários conectados simultaneamente no sistema. Atender aos picos de demandas através de aquisição de licenças e hardware ficaria extremamente caro para o TJGO e implicaria em recursos ociosos fora dos momentos de pico”. Dessa forma, a nuvem on-premise atenderá a todas as demandas de processamento de banco de dados pelos próximos 48 meses, enquanto o investimento anterior em licenças foi preservado para um ambiente de redundância. (Texto: Lilian Cury  / Arte: Wendel Reis - Centro de Comunicação Social do TJGO)

 

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