O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) promoveu, na tarde de sexta-feira (23), uma live que com o tema “Pensadoras Negras na Luta Antirracista”. O evento foi transmitido ao vivo pelo Instagram, no perfil @tjgooficial e apresentado pela coordenadora do Comitê de Igualdade Racial do TJGO, juíza Adriana Queiroz. A live homenageou o Dia Internacional da Mulher Negra, celebrado no dia 25 de julho desde julho de 1992, data inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha.

A live também foi dedicada a Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu, durante o século XVIII, na região atualmente ocupada pelo estado do Mato Grosso, responsável pela resistência à escravidão das comunidades negra e indígena local.

A antropóloga e estudiosa do pensamento feminista negro e PhD em Direitos Humanos e Interculturalidades, Luciana de Oliveira Dias, foi a convidada para o debate, que teve como questão central a reflexão acerca das várias formas de discriminação sofridas por mulheres negras no Brasil.

Durante a abertura da live, a juíza Adriana Queiroz destacou três vertentes de desafios de cunho preconceituoso sofrido por mulheres negras no Brasil. “Não é raro o enfrentamento do preconceito de gênero, de que padecem as mulheres, o preconceito de raça, direcionado de forma específica e frequente à população negra e parda, além do viés de classe social que limita e rotula mulheres negras”, lamentou a magistrada.

A antropóloga Luciana de Oliveira Dias elogiou a iniciativa do TJGO ao promover ações que validam a causa antirracista e o combate à intolerância, e também ressaltou a importância dos movimentos de pluralidade nos espaços institucionais. “Vemos o surgimento e a mobilização de um tipo de conhecimento contra hegemônico, na medida em que colabora para a construção de dignidade e inclusão”. Ela fez uma referência especial à pensadora norte-americana Bell Hooks, autora do livro Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. (Texto: Carolina Dayrell / Foto: Acaray Martins - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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