Era uma segunda-feira, dia 16 de março de 2020. Os prédios do Poder Judiciário goiano funcionavam normalmente, com o trabalho e o atendimento sendo realizados presencialmente. Porém, à tarde, uma reunião convocada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) com representantes do sistema de Justiça mudou toda essa conjuntura. A Organização Mundial de Saúde (OMS) havia declarado pandemia de Covid-19 alguns dias antes, em 11 de março. Então, por segurança, prevenção e proteção da saúde, as autoridades sanitárias recomendaram o distanciamento social. Assim, já no dia seguinte, 17 de março, magistradas e magistrados, servidoras e servidores, e todos os demais colaboradores passaram a desempenhar as atividades profissionais de suas casas – o Poder Judiciário goiano entrou em teletrabalho, o famoso home office.

E nesse um ano e três meses de regime preferencial de teletrabalho, os números do TJGO têm demonstrado uma produtividade superior a de períodos anteriores. É o caso do Índice de Atendimento à Demanda (IAD): de janeiro a maio de 2019, ano anterior ao início da pandemia e funcionamento presencial de todas as atividades, esse índice ficou em 96,36%; nos primeiros cinco meses de 2021 alcançou 119,93%, um crescimento de mais de 23%.

Outro dado que chama atenção da Diretoria de Estatística e Ciência de Dados é em relação ao total de movimentações processuais no sistema Projudi, num levantamento realizado desde janeiro de 2019. De fevereiro a junho de 2021, o TJGO teve os maiores números de movimentações no Projudi. Trata-se de trabalho efetivo nos processos judiciais. O recorde da série é exatamente o último mês, junho de 2021, superando os quatro milhões de movimentações processuais. No mesmo mês de 2019, esse número ficou em dois milhões.

3º do país em produtividade
O Tribunal de Goiás ainda se destaca nacionalmente na estatística da produtividade do Poder Judiciário durante a pandemia, um painel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Do início da pandemia até o dia 4 de julho deste ano, ou seja, em 68 semanas, o TJGO é o terceiro que mais proferiu sentenças e acórdãos e, também, decisões dentre os tribunais estaduais de médio porte. Na comparação dos dados de sentenças e acórdãos, decisões e despachos, o Tribunal goiano fica entre os dez primeiros do país considerando todo o segmento da justiça estadual.

Processos
Um painel de Business Intelligence mostra que o Judiciário goiano tem 1.106 processos relacionados ao assunto Covid-19. Destes, 417 foram sentenciados e os demais receberam decisões e despachos.

Análise da Presidência
Para o presidente do TJGO, desembargador Carlos França, o mais relevante é garantir uma prestação jurisdicional eficiente à sociedade goiana, num momento tão desafiador para todos.

“Lá naquele primeiro momento, nossa preocupação era que a sociedade estivesse certa de que a Justiça goiana continuaria funcionando. Dificuldades e aprendizados constantes passaram a fazer parte da rotina de trabalho de todos, não só de magistradas e magistrados e de servidoras e servidores, como também da advocacia, Ministério Público, Defensoria e partes. E não só no segmento da Justiça, como nos demais serviços públicos e nas empresas privadas. A gestão do Tribunal de Goiás pôde aprimorar o trabalho, com a aplicação de novos recursos tecnológicos e procedimentos e, principalmente, contar com a competência e dedicação de todos, magistradas e magistrados e corpo técnico. Tudo isso está refletido nas estatísticas alcançadas e, mais importante do que isso, o resultado desse trabalho está no atendimento ao jurisdicionado”, considera Carlos França. (Texto: Daniela Becker / Arte: Wendel Reis - Centro de Comunicação Social do TJGO). 

 

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