Com mais de 1,1 mil inscritos, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, deu início a mais uma edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa. A abertura do evento, realizada virtualmente, foi marcada pelo lançamento da campanha “Acorde, histórias para despertar”, em que o Poder Judiciário goiano fará, durante todo o mês de março, homenagens a grandes mulheres goianas que trabalharam para modificar realidades, tanto delas próprias como da coletividade.

Após cumprimentar e parabenizar todas as mulheres, em especial pelo Dia Internacional da Mulher comemorado nesta segunda-feira (8), o presidente do TJGO, desembargador Carlos Alberto França, falou da importância do evento em um momento difícil que o mundo está vivendo. Segundo ele, a violência contra a mulher aumentou em meio à pandemia do coronavírus. “No dia em que nós teríamos que apenas comemorar, saudar a vitória das mulheres, nós temos a preocupação com a violência física, psicológica e moral contra milhares de mulheres, e que nesse momento se acentua. São mulheres que se encontram isoladas dentro de casa e, na maioria das vezes, tendo de conviver com o agressor”.

O chefe do Poder Judiciário goiano frisou ainda que o TJGO, juntamente com a sociedade organizada e com todas as autoridades que podem colaborar com as inúmeras situações desfavoráveis às mulheres, possa levar a uma reflexão, debate e, no caso específico do Poder Judiciário," fazer com que nas audiências possamos tomar as medidas necessárias para a proteção das mulheres vítimas de violência em sua própria casa “Parabenizo a desembargadora Sandra Regina e todos os colegas que participam da coordenadoria, todos os que colegas que vão atuar na realização das audiências, toda a equipe técnica que atuará nas orientações durante esta semana e no dia a dia. Todos podem contar com o apoio da gestão do Tribunal de Justiça”, ressaltou.

A desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, à frente da Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar, afirmou que é uma honra participar da campanha Acorde, que, além de homenagear as mulheres, também destacará a mulher em seus diversos ramos de atuação. Segundo ela, há décadas que as mulheres estão lutando para que sejam tomadas medidas que transformem suas vidas. “Por isto, assumimos o compromisso institucional de apoiar as mulheres, ao desenvolvermos ações, campanhas e projetos que objetivam mudar a cultura discriminatória e violadora de seus direitos”, frisou. 

De acordo com a juíza auxiliar da Presidência do TJGO e integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar,Sirlei Martins da Costa, durante do planejamento da atual edição da Semana pela Paz em Casa foi proposta para a desembargadora Sandra a ideia da campanha. “Além das atividades convencionais que são elaboradas para o evento, para que nós fizéssemos, nas redes sociais, uma campanha mostrando exemplos positivos e inspiradores de mulheres que vivenciaram e ainda vivenciam diversas dificuldades, e que ainda assim conseguiram transformar suas vidas e as vidas de muitas pessoas que a cercam”, informou a magistrada. “Nós precisamos mostrar as mulheres incríveis que estão fazendo coisas maravilhosas porque histórias desta natureza inspiram outras mulheres”, ressaltou. 

Interior

A desembargadora Sandra Regina ainda lembrou que, durante o mês de março, a coordenadoria terá a adesão das cidades de Goiás, Cavalcante, Itapuranga e Itumbiara para a realização do projeto Educação e Justiça: Lei Maria da Penha na Escola, "sob a coordenação do competentíssimo juiz Vitor Umbelino, e que é realizado por meio de valiosas parcerias que temos com diversas instituições estaduais, municipais e privadas", revelou a desembargadora.

“O projeto Educação e Justiça: Lei Maria da Penha na Escola tem como objetivo propiciar debates e discussões sobre questões históricas e culturais relacionadas à violência doméstica e às suas formas de enfrentamento, a fim de conscientizar o corpo estudantil quanto à necessidade de prevenção e repressão a toda forma de discriminação contra a mulher, trabalhando, ao mesmo tempo, a formação de cidadãos com potencial transformador da realidade social”, informou a desembargadora Sandra Regina.

Também participaram da mesa virtual o juiz auxiliar da Presidência, Reinaldo de Oliveira Dutra; a presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), juíza Patrícia Carrijo; o vice-coordenador da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juiz Vítor Umbelino Soares; a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJGO), Camila Nina Erbetta Nascimento; o juiz do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da capital, Carlos Luiz Damascena; o presidente do Sindjustiça, Fabrício Duarte; além de autoridades dos poderes Llegislativo e Executivo, como também servidores do Poder Judiciário. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Acaray – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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