Digitalização e tecnologia são palavras de ordem no Novo Fórum Cível. O prédio, que será inaugurado no dia 26 de setembro, representa um marco de investimento em informatização, uma vez que, para o local, não irão processos físicos, apenas digitais. A fim de possibilitar essa mudança de paradigma, foi necessária aquisição de equipamentos, bem como o emprego de recursos no fluxo de dados e na segurança das informações.

Segundo o diretor-geral do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, Stenius Lacerda Bastos (foto à esquerda), foi adquirido um contêiner datacenter para “abrigar os equipamentos de tecnologia de informação de forma segura, como nada jamais visto no setor público ou na iniciativa privada na região Norte e Centro-Oeste”. 

O contêiner funciona como uma espécie de sala cofre, com controle de acesso por biometria, combate a incêndio e detecção de partículas de fumaça e umidade. Ali, há um sistema de armazenamento especial, com uma capacidade para até 500 terabytes de informação, o que chega a ser difícil para a população leiga mensurar: cada terabyte equivale a 1 trilhão de bytes e pode arquivar 3,6 milhões de imagens simples. Apenas dez unidades dessa medida podem guardar a coleção completa da Biblioteca do Congresso Americano, uma das maiores do mundo, que ocupa três prédios inteiros em Washington (EUA).

A capacidade de memória – sem precedentes em empresas ou órgãos públicos da região – é fundamental para acomodar todo o volume que hoje preenche as prateleiras das escrivanias, conforme explica o diretor de Informática do TJGO, Luiz Mauro de Pádua Silveira. “Estamos transformando nossos processos físicos em processos digitais. Essa transformação, além de desocupar nossos prédios, permitirá o acesso eletrônico aos autos através de sistema próprio, o que garante maior celeridade na prestação jurisdicional", afirma.

A segurança do armazenamento dos dados digitais também é um quesito importante. Enquanto um sistema de armazenamento fica no contêiner, outro, de conteúdo duplicado, está instalado no Fórum Heitor Moraes Fleury, no Setor Oeste, interligados por cabos de fibra óptica. Como são dois equipamentos distintos, a segurança é maior e o backup é feito continuamente.

O conceito nuvem está bastante conhecido pelos usuários de internet – assim como as formações de vapor condensado no céu, visíveis de várias partes, independentemente da distância, os internautas podem visualizar, e acessar seus arquivos, de onde quer que estejam. Com a nova estrutura, o TJGO criou uma nuvem interna, na qual servidores e magistrados poderão acessar o mesmo acervo institucional de qualquer lugar e a qualquer tempo.

O diretor-geral explica que foi necessário, também, investir simultaneamente na rede de internet e nos computadores utilizados pelos servidores (foto ao lado) e magistrados do novo prédio. “É como se investíssemos em uma estrada: é necessário, além possibilitar uma pavimentação adequada, ter bons carros, com condições de tráfego para aproveitarem a viagem. É preciso fornecer internet com velocidade e bons computadores para navegabilidade”, elucidou Stenius Lacerda Bastos.

Sobre o assunto, o diretor-geral explicou que foram adquiridos switches de borda, para comunicação de dados e interligação de computadores; pontos de acesso a rede sem fio para dispositivos móveis; links de comunicação de dados de alto desempenho e gerador de energia elétrica a fim de evitar que não haja nenhuma interrupção no sistema de abastecimento da rede energética. (Texto: Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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