O cyberataque de proporções internacionais, ocorrido entre os dias 12 e 13 deste mês, causou suspensões nas redes de várias empresas e órgãos públicos em todo o mundo. No Brasil, Tribunais de Justiça de 11 Estados, entre eles São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, tiveram de desligar computadores a fim de evitar as invasões coordenadas. Em Goiás, devido aos esforços constantes da Diretoria de informática do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), não houve a necessidade de interromper os serviços, contudo, houve intermitências temporárias e esporádicas no acesso aos sistemas.

Segundo o diretor de informática Luiz Mauro Silveira afirmou em nota técnica, servidores do departamento atuaram em regime contínuo de plantão de monitoramento, a fim de preservar a segurança das redes do TJGO, de forma preventiva e corretiva. “As ocorrências, por serem dispersas, só puderam ser detectadas ao longo da semana e somente por parte de alguns usuários internos e externos, que informaram o problema”.

Luiz Mauro esclareceu, também, que durante as análises dos problemas relatados pelos usuários foram identificados problemas externos, não afetos ao TJGO, como falhas nos certificados digitais de advogados e bloqueio de antivírus. “Os certificados digitais recém-emitidos pelas Autoridades de Registro (AR) excluíram campo de validação de status de revogação e o software controlador (driver de instalação) de certificados emitidos por algumas Autoridades de Registro bloqueados por antivírus instalados no computador do próprio usuário causaram os problemas”.

Vice-presidente da Comissão de Direito Digital e Informática (CDDI) da Ordem dos Advogados do Brasil, Paulo Emílio de Oliveira e Silva, falou que vários profissionais relataram dificuldades para o peticionamento on-line na última semana, com acesso dificultado ao Processo Judicial Digital (PJD) e sugeriu, inclusive, a criação de um comitê multifuncional de crise para lidar com situações como essa. Esses problemas, conforme endossou Luiz Mauro, são causados, justamente, pelas atualizações dos antivírus nos sistemas dos advogados e falhas de informação em seus certificados digitais. Ao mesmo tempo, o advogado se disse “aliviado” por não ter tido conhecimento de problemas sérios em decorrência das infestações de vírus digitais, causadas por hackers, em Goiás, “o que demonstra boa gestão de Tecnologia da Informação por parte do TJGO”. Veja nota técnica na íntegra.  (Texto: Lilian Cury - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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