Na tarde desta quinta-feira (12), no Plenário da Corte Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), 42 juízes tomaram posse e passam a atuar na justiça goiana. Durante a cerimônia, o presidente do TJGO, desembargador Ney Teles de Paula, anunciou que outro concurso para magistratura goiana será aberto, afim de atender às necessidades da população.

De acordo com o presidente do TJGO, os novos juízes serão logrados para lugares de extrema necessidade e “vão nos ajudar a atender várias extensões que, no momento, estão sem juízes titulares, como as comarcas do nordeste goiano”. Ele ainda ressaltou que essa é uma solução temporária e que vai abrir um novo processo seletivo para juízes em Goiás.

Com candidatos aprovados oriundos de diversos estados do País, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará e Paraíba, o presidente do TJGO considerou que  a Justiça goiana foi feliz até nesse aspecto de variedade de origens e talentos, com a aprovação desses candidatos. Em um tom descontraído, ele afirmou que “o talento, a juventude e a vontade de acertar farão desses juízes excelentes servidores da Justiça, na medida em que conseguirem se aclimatar e gostar 'do' nosso Goiás”.

Essas características também foram ressaltadas pelo juiz e membro suplente da banca examinadora do 55º Concurso para juiz substituto do Estado de Goiás, Paulo César Alves das Neves. Para ele, “esses são candidatos preparados para entrar e melhorar a magistratura do Estado. Que eles venham para  aumentar o nosso número e poder proporcionar à comunidade um trabalho de qualidade e, também, mais célere”.

Vários candidatos que passarão a atuar na magistratura de Goiás já eram juízes em outros estados, como Eduardo Oliveira, de 29 anos, que era magistrado em Minas Gerais há mais de um ano. Eduardo esclareceu que buscou a  Justiça goiana “pela magistratura brilhante que impera no Estado”, além do desejo de voltar às suas origens, já que nasceu na cidade de Catalão, localizada a 250 quilômetros da capital. 

Fernando Augusto Chacha de Rezende, de 30 anos, veio de Mato Grosso do Sul e também foi aprovado na Paraíba, mas, esclareceu que sua meta sempre foi atuar em Goiás. Ele prestou o concurso realizado em 2009, mas só agora alcançou seu objetivo e, por isso, pretende julgar as ações da melhor maneira possível, com praticidade e simplicidade. “Levei uma vida regrada, absolutamente voltada para os estudos. É difícil. É árduo, mas Graças a Deus colhi os resultados e chegou esse momento”, comemorou Fernando.

A sede por trabalho também transpareceu em Raquel Rocha Lemos, de 33 anos, juíza goiana que é nascida em Vitória, no Espírito Santo. Ela tem ciência que o trabalho será duro, mas que, por ser um sonho que buscou ao longo da vida, afirmou que fará com todo prazer. “Nesta tarde realizei um sonho meu e, considero um desejo da sociedade também, pois ela clama por Justiça”, pontuou.

Leonardo Naciff Bezerra, de 27 anos, que estudou com dedicação integral para este concurso por quatro anos, observou que a comunidade está ansiosa por Justiça e, dessa maneira, vai prestigiar o sentido humanístico das leis, respeitando os limites da legalidade. “Ainda não encontrei adjetivo suficiente para qualificar o meu estado de espírito”, afirmou. 

 

Judiciário forte

O vice-governador do Estado de Goiás, José Eliton Fiquerêdo Júnior, representando o governador Marconi Perillo, afirmou que esse é um momento muito importante para o Estado, na medida em que “os juízes conseguirão ofertar a cada cidadão do Estado a jurisdição plena das demandas que existem e são postas em apreciação do Poder Judiciário”. Ele considerou, ainda, que a base de um Estado democrático de Direito é um Judiciário forte.

“Provendo todas as comarcas existentes em Goiás, a Justiça efetivamente cheguará a cada cidadão, pacificando as relações sociais, de modo que é muito importante o incremento de magistrados no exercício da magistratura em favor da sociedade”, pontuou José Eliton. Já o juiz e presidente da Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego), Gilmar Luiz Coelho, ressaltou que os juízes são cobrados pela sociedade, pelas partes e por advogados, mas eles estão preparados, teoricamente, para enfrentar as demandas. "Agora, é esperar que eles possam colocar em prática todo o conhecimento têm”.

A cerimônia foi acompanhada, ainda, pelo vice-presidente do TJGO, Carlos Hipólito Escher; pelo diretor do Foro da comarca de Goiânia, Átila Naves Amaral; pelo vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Sebastião Macalé, além de desembargadores, autoridades locais e familiares dos concursados. (Texto: Jovana Colombo – estagiária / Fotos: Aline Caetano e Hernany César: Centro de Comunicação Social do TJGO) Veja galeria de fotos

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