Em clima de informalidade, os 42 novos juízes substitutos receberam na tarde desta terça-feira (17) orientação da corregedora-geral da Justiça de Goiás, desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, acerca de vários temas pertinentes ao exercício da função e atribuições da CGJGO durante o curso de vitaliciamento, realizado na sede da Escola Superior da Magistratura de Goiás (Esmeg).
Ao dar as boas-vindas aos magistrados recém-empossados, Nelma Perilo, acompanhada dos juízes auxiliares da CGJGO Sival Guerra Pires e Antônio Cézar Pereira Meneses, e juíza Maria Socorro Afonso Silva, diretora da Esmeg, colocou o órgão à disposição para esclarecimento de qualquer dúvida ou dificuldade e lembrou que a principal atribuição da Corregedoria é a de orientar para depois fiscalizar. “Nossa equipe está a postos para atendê-los prontamente. Estamos de portas abertas para solucionar qualquer dúvida, auxiliar no que for necessário. Queremos ser procurados para que as dificuldades encontradas possam ser superadas. É claro que a fiscalização e a vigilância são importantes e devem ser bem exercidas, contudo, nossa principal função é a de orientação”, ponderou.
Um dos aspectos ressaltados pela corregedora-geral ao analisar o papel do magistrado atual foi o de que ele também precisa ser gestor e olhar a sociedade dentro de um contexto diferenciado em razão da cobrança por uma prestação jurisdicional célere e efetiva. “Há 20 anos não tínhamos nem a metade da demanda que nos assola hoje e o juiz passou a ser muito observado pela sociedade. Por essa razão é preciso saber administrar situações críticas e lidar com os problemas de forma serena para oferecer ao cidadão a Justiça que ele realmente necessita”, observou. Na ocasião, Nelma Perilo explicou aos novos juízes que eles já receberão um kit contendo processos em várias áreas como cível, família, crime, Processo Judicial Digital (Projudi), cujas sentenças devem ser impressas e assinadas. “É fundamental que você já comecem a trabalhar com os processos para conhecerem a rotina forense na prática”, frisou.
Em sua explanação, o juiz Sival Pires chamou a atenção dos novos colegas para o fato de que o juiz deve estar atento às regras e valores instituídos constitucionalmente, mais jamais deve deixar de colocar-se no lugar do outro. O respeito aos servidores e advogados também foi um ponto avaliado pelo magistrado. “Para ser um bom juiz os critérios jurídicos e legais devem prevalecer, mais é preciso, antes de tudo, ter bom senso e equilíbrio. Somos servidores públicos no Estado Democrático do Direito e vaidades pessoais devem ser deixadas de lado. Jamais devemos nos esquecer disso. O tratamento dispensado a servidores e advogados deve ser sempre respeitoso”, alertou.
Ao reforçar a fala do colega, o juiz Antônio Cézar ressaltou que o relacionamento do juiz com o servidor deve ser o melhor possível para que todos os atos sejam cumpridos de forma ágil, bem como com o advogado. “O relacionamento deve ser sempre cordial. O juiz estabelece o limite nas suas decisões, que devem ser sempre bem fundamentadas e imbuídas de serenidade, evitando, assim, embates pessoais. É dessa forma que ele adquire o respeito da sociedade”, assegurou.
Na sequência, a estrutura do CGJGO foi apresentada pelo secretário-geral Leonardo Pereira Martins, e a gestão de metas, pela diretora do Departamento de Planejamento e Programas, Eunice Machado Nogueira. Amanhã (18), a partir das 8h30, serão expostos pelo diretor do departamento da Tecnologia da Informação da CGJGO, Luís Maurício Bessa Scartezini, vários sistemas da Corregedoria, dentre eles, Sistema Controle, Conveniados, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Extrajudicial, de 1º grau, Processo Judicial Digital (Projudi), Execpenweb e Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Às 14 horas, os projetos e programas da CGJGO serão demonstrados por Eunice Machado e Cássia Mesquita Lobo Sampaio, diretora de Correição e Serviços de Apoio da Corregedoria. O encerramento ficará a cargo dos juízes auxiliares da CGJGO. O curso para o vitaliciamento dos novos juízes, empossados na última quinta-feira (12) em ato solene realizado pela Corte Especial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), teve início na sexta-feira (13), na sede da Esmeg. (Texto: Myrelle Motta – assessoria de imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás/Fotos: Aline Caetano - Centro de Comunicação Social do TJGO)