Em sessão realizada sob a presidência do juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva (foto), o 1º Tribunal de Júri de Goiânia condenou Wellington Celestino pelo homicídio de Edgelma Moura. O juiz fixou a pena em 14 anos de reclusão a serem cumpridos na Penitenciária Odenir Guimarães, antigo Cepaigo, em regime inicialmente fechado.

Wellington havia sido pronunciado (decisão que manda réu a júri popular) por homicídio com as qualificadoras (circunstâncias que podem aumentar a pena) de motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou ou impediu a defesa da vítima. Também foi pronunciado por furto. A defesa pediu pelo reconhecimento do privilégio (que pode diminuir a pena) em relação ao crime de homicídio, argumentando que Wellington praticou o crime levado por violenta emoção logo em seguida à injusta provocação de Edgelma. Requereu, também, a exclusão das qualificadoras e a inexistência da materialidade em relação ao crime de furto.

Os jurados rejeitaram a tese de Wellington agiu movido por violenta emoção e reconheceu as qualificadoras. Em seguida o absolveram pelo crime de furto por entender que ele não subtraiu objeto para si. Ao dosar a pena, Eduardo Pio entendeu ser reprovável a conduta de Wellington, pois segundo o juiz, ele "possuía potencial condição de entender o caráter ilícito do fato". Ainda de acordo com o magistrado "a reprovabilidade deve ser considerada de alta intensidade, considerando os golpes perpretados com barra de ferro e faca contra a vítima". Eduardo Pio também levou em conta o fato de Wellington ser réu primário e de que Edgelma deixou uma filha de colo desamparada.

Segundo a denúncia, por volta das 14 horas do dia 22 de outubro de 2012, em Goiânia, Wellington foi à casa de Edgelma tirar-lhe satisfação, insitindo para que lhe dissesse quem seria um suposto amante de sua ex-mulher Ozélia Ferreira Rodrigues. Wellington havia se separado recentemente de Ozélia e culpava Edgelma pela separação. Ela tentou colocá-lo para fora de sua casa, mas, ao caminhar para a saída, ele se apossou de uma barra de ferro e a atacou com vários golpes. Wellington ainda lhe golpeou com faca para, enfim, matá-la. De acordo com o Ministério Público, ao deixar o local, Wellington levou dinheiro, celular e o carro de Edgelma, abandonando-os em seguida. (Texto: Daniel Paiva - estagiário do Centro de Comunicação Social do TJGO)

 

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