A Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (Ejug) realizou, de 8 a 10 de maio, a parte prática do curso de formação inicial teórica e prática de facilitadores da Justiça Restaurativa. A capacitação, que tem por objetivo instruir servidores para que possam acolher pessoas que figuram como vítimas em processos judiciais, teve duração de 80 horas-aula.

Servidores da capital e de comarcas do interior do Estado aprenderam sobre círculos de construção de paz, noções básicas de comunicação não violenta e avaliação de recursos e possibilidades de aplicação da Justiça Restaurativa em seus locais de trabalho.



A partir desse panorama, são convidados a estabelecerem rotinas para atendimento dos jurisdicionados, em especial das vítimas. Em seguida, os alunos começam a construir programa restaurativo para a unidade jurisdicional de lotação, estabelecendo, por meio de projeto escrito e fundamentado, as justificativas, os objetivos, as metodologias aplicadas, as formas de controle e a avaliação. Na parte final, são realizados exercícios práticos, que permitem a simulação da prática futura e o planejamento do estágio supervisionado.

A analista judiciário Renata de Moraes Silva Batista, servidora há um ano e cinco meses, afirmou que o curso superou positivamente suas expectativas. “Saio muito satisfeita, sobretudo com o aprendizado relacionado ao círculo de paz. A gente vê que é possível aplicar esse atendimento mais humanitário tanto para o jurisdicionado quanto dentro da nossa equipe de trabalho”, disse.



Escrevente do Poder Judiciário goiano há 11 anos, Cinthia Silva de Oliveira disse que levou ao círculo de paz situações difíceis que enfrentou no trabalho e foi muito acolhida. “E assim pude identificar como tratar isso no trabalho e também como usar a comunicação não violenta no dia a dia”, ressaltou.

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