A juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, determinou que Tiago Henrique Gomes da Rocha, apontado como suposto serial killer, seja submetido a exame de sanidade mental e dependência alcoólica. Realizada na tarde desta terça-feira (19), esta é a segunda audiência de Tiago, que, desta vez, responde por ter assaltado duas vezes a mesma lotérica, localizada no Centro da capital.

Segundo a juíza, o exame será realizado pela Junta Médica Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e o resultado deverá sair em 45 dias. Placidina Pires suspendeu a ação penal até a conclusão do exame.

“O intuito é avaliar a sanidade mental do acusado, em função da alegação da defesa de que há suspeitas frequentes de que ele sofre das faculdades mentais e que é usuário contumaz de álcool”, ressaltou a magistrada.

Silêncio
Na audiência, Tiago optou por não falar em juízo. O acusado invocou o direito constitucional de permanecer calado, não respondendo a nenhuma pergunta que foi formulada. “Isso não
 prejudica o andamento processual, já que é um direito constitucional conferido a todo acusado de prática de ilícitos penais. O silêncio dele não acarreta nenhum prejuízo à sua defesa”, frisou Placidina Pires.

Além disso, foram ouvidas quatro testemunhas – a dona da lotérica e três moças que trabalham no caixa do estabelecimento. Todas as vítimas foram ouvidas na ausência do acusado e afirmaram ter medo de represálias.

A dona da lotérica foi a primeira a ser ouvida. Ela disse que Tiago agia de forma rápida, que ele era “calmo e frio”. Ela relatou que estava somente em um dos assaltos, mas quando viu na televisão a imagem do suspeito, teve certeza que era ele. “Quando a foi divulgado o retrato falado do suposto serial killer, ficou comprovado que era o mesmo que tinha assaltado a lotérica”, narrou. De modo igual, as outras vítimas disseram que reconheceram Tiago e não tiveram dúvidas de que ele foi o assaltante da lotérica.

Roubo
Consta dos autos que num intervalo de menos de 30 dias, Tiago assaltou a mesma casa lotérica, situada no Centro de Goiânia. Somando os valores, ele teria roubado R$ 11,9 mil do estabelecimento, rendendo os caixas. Para a materialidade e autoria do crime, foi considerada as imagens do circuito interno das câmeras de segurança, os depoimentos das vítimas e a confissão do suspeito.  (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Wagner Soares – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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