O 1° Tribunal do Júri de Goiânia, presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, condenou, nesta quinta-feira (20), Maicon de Oliveira da Silva a 16 anos de reclusão. Ele ateou fogo e matou o servente de pedreiro Carlos Alberto Menezes da Silva. A pena será cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães, antigo Cepaigo, em regime inicialmente fechado.

Maicom confessou o crime, mas alegou que não tinha a intenção de matar Carlos Alberto. “Eu não queria matar, queria resolver da melhor forma possível”, ressaltou. Ele confirmou que no dia do crime tinha bebido e usado droga com a vítima. “Joguei gasolina e depois, com o isqueiro, coloquei fogo, nem mexi no fogão. Ele sempre me provocava e vinha com ignorância para o meu lado”, declarou ele, se referindo à acusação de que teria utilizado as chamas do fogão para incendiar o colega. 

O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi praticado por motivo fútil, emprego de meio cruel e de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima. Na sentença, Jesseir destacou que as circunstâncias em que o crime ocorreu prejudicaram o réu, “vez que ele ceifou a vida da vítima enquanto ela dormia no local onde ambos residiam e trabalhavam”.

Além disso, o magistrado ressaltou que o comportamento da vítima, de certa forma, contribuiu para o desfecho do fato, pois conforme relatou o réu, antes do crime houve uma discussão entre a vítima e o acusado.

Segundo a denúncia, o crime foi cometido em julho de 2011, no setor Perim, na capital. Carlos Alberto, conhecido como “Ceará” tomou banho e deitou no chão de um cômodo utilizado como a cozinha do estabelecimento. Maicon aproveitou e acendeu as chamas do fogão que estava próximo e, em seguida, jogou gasolina sobre todo o corpo de Carlos Alberto, incendiando-o. Eles tinham constantes desavenças, ocasionadas por discordâncias quanto à divisão e execução do serviço na Vaz Carretas. Após o crime, Carlos Alberto fugiu. Foi preso posteriormente e está recluso na Casa de Prisão Provisória (CPP). (Texto: Arianne Lopes / Foto: Hernany César – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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