O advogado Ricardo Naves, que faz defesa do ex-médico Marcelo Caron, concluiu agora (16h40) sua sustentação oral no julgamento. Ele lembrou que, à época dos fatos, Caron já tinha mais de 2 mil cirurgias e um certificado que o autorizava a fazer cirurgias. "Como uma pessoa assim não tem qualificação para operar?", indagou ele, que pediu a desclassificação do crime para homicídio culposo, sob a alegação de que Caron não teve a intenção de matar Flávia.

Ricardo se disse confiante para expôr o que, a seu ver, há de mais sensível nos autos, tal como o lado humano da Marcelo Caron, que, como ressaltou, assumiu seus erros e tem bons antecedentes. Ele afirmou que, atualmente, o ex-médico já não apresenta nenhum risco à sociedade. "Mesmo preso em Natal (RN), ele terminou a faculdade de Direito e atua na área, sem cânola ou instrumentos cirúrgicos", garantiu.

Ainda segundo a defesa, o laudo pericial atesta que os peritos não poderiam afirmar a causa da morte de Flávia, pois, além da infecção, havia uma inflamação abdominal na vítima. Ricardo Naves destacou trecho do laudo que menciona que "os médicos peritos não poderiam afirmar também se houve imprudência ou negligência na lipoaspiração''.O advogado insistiu que Caron não queria fazer mal a Flávia, uma vez que é amigo de sua família. A essa afirmação, os familiares da vítima demonstraram desaprovação, negando-a com a cabeça. (Texto: Jovana Colombo - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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