Ao perceber o quanto a semelhança com a filha era grande, o presidiário E.G. foi às lágrimas. Desde que foi preso, quando a mãe da criança estava no sétimo mês de gravidez, ele não tinha visto a pequena Jéssica, de apenas quatro meses. “A partir de agora minha vida muda totalmente. Estou muito comovido e feliz. Na verdade, só farei o teste de DNA porque foi um pedido pessoal da mãe.

Acho desnecessário, porque ela é a minha cara”, comentou, tomado pela emoção.

 

E.G. é um dos participantes do Projeto Pai Presente, executado pela Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO), cujas audiências, presididas pelo juiz Eduardo Perez Oliveira, foram realizadas na tarde desta sexta-feira (7), no Fórum Criminal (Fenelon Teodoro Reis), na sala da 4ª Vara Criminal de Goiânia.

A novidade é que pela primeira vez foi disponibilizado aos presos o exame de DNA, por meio de convênio com laboratórios conveniados e a presença de uma equipe específica para a coleta do material genético. Foram assinados 11 termos de reconhecimento de paternidade, dos quais dois estão condicionados ao teste de DNA. Caso o resultado seja positivo, o documento é validado.

Fato que chama a atenção é que, segundo a coordenação do Pai Presente, apenas 20% dos pais que participam do programa solicitam o exame de DNA. A maioria reconhece a paternidade de forma espontânea. As audiências realizadas com os presidiários hoje comprova essa estatística, uma vez que somente dois deles se submeteram  a coleta do material genético. Conforme informou o departamento, já foram realizados até o momento aproximadamente 800 reconhecimentos de paternidade, dos quais mais de 400 já foram finalizados, ou seja, com certidões entregues. Veja a galeria de fotos

(Texto: Myrelle Motta e Caroline Guimarães – assessoria de imprensa da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás/Fotos: Aline Caetano - Centro de Comunicação Social do TJGO) 

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