O juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 9ª Vara Criminal de Goiânia, condenou a mais de 20 anos de prisão os acusados do assassinato da empregada doméstica Maria Lina Tavares, morta na porta do Banco Itaú, localizado na Avenida Jamel Cecílio, próximo ao Shopping Flamboyant.


Mauro Lima de Morais foi condenado a 22 anos e Wanatha Inácio Barros e Jhonatta Macksuel Alcântara Silva a 21 anos de reclusão, em regime fechado. Eles não poderão apelar da sentença em liberdade e deverão continuar recolhidos na Casa de Prisão Provisória até o trânsito em julgado da ação. Também terão de restituir à família de Maria Lina os R$ 1,5 mil que foram roubados. O magistrado negou o pedido de desclassificação de latrocínio para roubo não qualificado, solicitado pelos defensores de Wanatha e Jhonatta, por entender que eles tinham ciência de que seria usada uma arma de fogo e, ainda assim, assumiram o risco que ela poderia causar, inclusive, a morte da vítima.

Além do relato de uma testemunha, que reconheceu os assaltantes e do retrato falado feito por ela; na fase de inquérito, eles confessaram o crime e forneceram detalhes da ação. No entanto, em juízo, negaram a autoria e até qualquer relação entre eles, o que foi desmentido, posteriormente, em escutas telefônicas que constataram que Wanatha namorava a irmã de Mauro.

Alessandro Pacheco considerou, também, o laudo de confronto micro-balístico que comprova que a arma que matou Maria Lina também foi utilizada em outro latrocínio, ocorrido com Wankire Viana Bezerra, cujas testemunhas também reconheceram Mauro como autor do delito, conhecido como saidinha de banco. “Com relação aos outros denunciados, as provas produzidas também não deixam dúvidas quanto à participação dos mesmos na empreitada criminosa, restando esta evidenciada na ligação íntima entre eles, apesar da tentativa de negar que sequer se conheciam”, afirmou o juiz, para quem a materialidade do fato e a autoria dos denunciados são uníssonas em comprovar a prática do latrocínio.

O caso
De acordo com a denúncia, no dia 14 de setembro de 2012, por volta das 14 horas, Jhonatta foi até a agência do Itaú e, simulando estar interessado no atendimento, percebeu que Maria Lina havia retirado uma grande quantia em dinheiro. Então, ele indicou a vítima a seus comparsas, que esperaram que ela saísse do banco, seguiram-na, quando Wanatha sacou a arma e anunciou o assalto. Ele tomou a bolsa da vítima, que tentou resistir, momento em que foi beleada na cabeça. (Texto: Aline Leonardo - Centro de Comunicação Social do TJGO)

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