O juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 9ª Vara Criminal de Goiânia, condenou ontem (19) cinco integrantes de uma quadrilha armada e especializada em roubo e tráfico de drogas na capital. Foram condenados por roubo ((artigo 157, parágrafo 2º e incisos I e II do Código Penal) e formação de quadrilha ((artigo 288, do Código Penal) Railson Coelho Delfino de Souza, que atualmente cumpre pena na Penitenciária Odenir Guimarães e é acusado de comandar o grupo de dentro do presídio, Willamis Gustavo de Carvalho Lopes, o costureiro Wagner Gonçalves da Costa, a vendedora autônoma Thaíssa Pereira Camargo e a atendente de restaurante Hellen de Matos Victoy.

Railson terá que cumprir em definitivo 12 anos e 4 meses de reclusão mais 66-dias multa, enquanto Willamis recebeu a pena de 8 anos e 8 meses e 66 dias-multa. Já Wagner ficará preso por 8 anos, além de 80 dias-multa. Thaíssa foi condenada a 11 anos de reclusão e 80 dias-multa e Hellen a 9 anos e três meses e 66 dias-multa. Ao dosar as penas, o magistrado analisou individualmente a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade, os motivos da prática do crime, as circunstâncias em que foi praticado e o comportamento da vítima, de cada um dos acusados. Em 20 de junho deste ano, eles assaltaram a mão armada a empresa Goiás Jóias, no Setor Campinas, em Goiânia, e levaram diversos relógios de pulso masculinos e femininos, cordões e pingentes avaliados em aproximadamente R$ 6 mil.

De acordo com a denúncia, nessa data, por volta das 9h20, no Setor Campinas, na capital, Hellen e Thaissa, munida de dois talonários de cheques dos bancos Itaú e Caixa Econômica Federal, se encontraram com Wagner e Willamis. Fingindo serem clientes, entraram na joalheira, analisaram a mercadoria exposta e verificaram a existência de câmeras e outros circuitos de segurança. Na sequência, deixaram a loja e deram o sinal aos comparsas pelo celular para que promovessem o roubo. Neste momento, conforme relatado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), Willamis entrou armado no local e anunciou o assalto, exigindo a entrega de relógios e jóias. Em seguida, fugiu na garupa da motocicleta dirigida por Wagner, que  permaneceu o tempo todo do lado de fora do estabelecimento em vigilância.

Segundo o órgão ministerial, a quadrilha, liderada por Railson, era organizada e cada um dos denunciados tinha uma função específica. Wagner guardava e transportava drogas e armas em sua casa e em troca recebia pagamento de Railson, além de ceder sua moto para viabilizar a atuação dos outros membros do grupo. Enquanto isso, Willamis executava os roubos e Thaíssa e Hellen eram responsáveis pelo levantamento das lojas que seriam roubadas, bem como pela venda das mercadorias e a divisão dos valores auferidos entre todos os participantes. (Texto: Myrelle Motta - Centro de Comunicação Social do TJGO)

  •    

    Ouvir notícia:

Programa de Linguagem Simples do TJGO