A juíza Stefane Fiúza Cançado Machado, titular do Juizado da Infância e da Juventude da comarca de Aparecida de Goiânia e idealizadora do Projeto Justiça Humanizada, visitou nesta quarta-feira (16) a Escola Superior da Polícia Civil de Goiás (ESPC) para conhecer o Programa Investigador Mirim (PIM), lançado pela entidade em março de 2016. A magistrada já havia doado quimonos para os integrantes do programa, obtidos por meio do Projeto Justiça Humanizada, que recebe doações do Ministério Público do Trabalho (MPT), empresários e de multas de empresas que descumprem a lei, como venda de bebida alcoólica para menores. 

O PIM é um programa da Coordenação de Ações Sociais da ESPC que busca estreitar os laços entre a Polícia Civil, a escola e a família. Atualmente atende 30 crianças de 8 a 11 anos de Goiânia e Aparecida de Goiânia, que, três vezes por semana, recebem “uma formação mais justa e solidária.”

As crianças têm aulas esportivas como artes marciais, futebol e música, bem como atividades que reforçam os valores éticos, morais e de uma cultura de paz, com orientações de segurança e noções de cidadania. Os integrantes do programa são escolhidos pelos diretores de suas escolas e os seus familiares participam a cada bimestre, na sede da ESPC, de um encontro com os coordenadores do PIM, que tem como objetivo alinhar a conscientização das crianças no programa com o ambiente familiar, de forma que os responsáveis sejam importantes retificadores das mensagens do PIM.

A juíza Stefane Fiúza ressaltou importância do PIM, lembrando que o Judiciário, por meio do Programa Justiça humanizada, procura apoiar todos os projetos da sociedade civil, para que, juntos, possam ajudar crianças e adolescentes. Para ela, “o programa desenvolve um trabalho de contraturno na escola, o que é muito importante, porque os pais e as mães precisam trabalhar e, as crianças, de estar envolvidas em algum projeto fora da escola”, afirmou ela, segundo quem o programa chamou a atenção por sua importância dentro das famílias, uma vez que desenvolve palestras e esporte. “Além de fortalecer o conhecimento, ocupa o tempo destas crianças e adolescentes de forma saudável, estimulando-os a ter um bom futuro, a estudar, praticar esportes, não usar drogas e tornar adultos bem-sucedidos”.

A magistrada observou, ainda, que estas parcerias entre órgãos públicos são fundamentais. “É que, unidos, podemos auxiliar os projetos. Neste caso específico, a Polícia Civil tem a estrutura, mas tem dificuldades de conseguir material para que estas crianças possam se desenvolver. Atendemos algumas famílias e alguns projetos com cestas básicas e, para este projeto, conseguimos os quimonos para a prática esportiva, que é muito importante”, ressaltou a magistrada. 

O PIM é coordenado pela Analista-chefe Jurema Martins Telho e os professores e monitores são os servidores do quadro da Polícia Civil do Estado de Goiás, que prestam esse trabalho sem prejuízo das suas atribuições habituais. Os alunos são recebidos no ESPC, às segundas, quartas e sextas-feiras, no período matutino, totalizando 244 horas-aula por semestre e 488 horas-aula por ano. (Texto:Lílian de França – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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