Com o tema independência, ética e valorização da magistratura foi aberto o 13° Congresso Goiano da Magistratura, na noite desta quinta-feira (1°), na sede da Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego). O corregedor-geral da Justiça de Goiás (CGJGO), desembargador Gilberto Marques Filho, representou o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Leobino Valente Chaves na solenidade de abertura.

“Nós temos, a partir de agora, a oportunidade de participar desse encontro tão importante, em um momento tão pertinente, nessa hora de angústia para a magistratura e toda a comunidade”, destacou o desembargador Gilberto Marques Filho (foto à direita), presidente eleito do TJGO para o biênio 2017/2019. Ele parabenizou os magistrados goianos pelo empenho e coragem por lutarem favor da independência e autonomia.

O presidente da Asmego, juiz Wilton Müller Salomão (foto à esquerda), destacou que temática do evento é oportuna ao momento em que o País vivendo. “Nem mesmo nos períodos mais sombrios da história recente do Brasil testemunhou-se ameaça semelhante à que se põe hoje diante de nós. A magistratura que incomoda os corruptos e que desmascara os agentes públicos que assaltam o País vem sendo perseguida, numa clara tentativa de se intimidar, amordaçar e imobilizar o Sistema de Justiça”, frisou.

Wilton Müller afirmou que o evento propõe debater os desafios da magistratura e na ocasião lançou a campanha Juízes Unidos Contra a Corrupção. "A campanha integra uma série de ações a serem realizadas pela magistratura de Goiás com o objetivo de demonstrar seu indispensável papel para a garantia e proteção dos direitos do cidadão", pontuou. 

Além de Wilton Müller e Gilberto Marques, compuseram a mesa diretiva do evento o desembargador Carlos Alberto França, 1º vice-presidente da Asmego; a desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, eleita vice-presidente do TJGO no biênio 2017/2019; desembargador Fausto Moreira Diniz; o diretor do Foro de Goiânia e vice-presidente Administrativo da AMB, juiz Wilson da Silva Dias; e o promotor de Justiça Jales Guedes Coelho Mendonça, representando, na solenidade, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Lauro Machado Nogueira.

Conferência
A conferência de abertura foi realizada pelo desembargador Regis Fernandes de Oliveira (foto à esquerda), do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). O presidente da Asmego atuou como mediador na palestra, ao lado do juiz André Reis Lacerda, presidente da Comissão Organizadora do congresso e secretário Geral da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (Esmeg).

O palestrante afirmou que “a independência é uma luta constante que se conquista a todo o instante.” Ele lembrou os filósofos Charles Montesquieu e Michel Foucault e ressaltou que a sabedoria humana valoriza o juiz.

Desembargador Regis ressaltou ainda, no que diz respeito à independência e a imposição do direito na vida das pessoas, que “há sempre um conflito agônico, que não acaba”. Isto porque, segundo ele, os magistrados estão cotidianamente voltados à solução daquilo que já conjecturava Montesquieu há quase 300 anos. “Uma experiência eterna é a de que todo aquele que tem o poder, tende a abusar dele”. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Aline Caetano – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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