O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha foi condenado a 20 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela morte de Isadora Aparecida Cândida dos Reis, em sessão do 1º Tribunal do Júri de Goiânia, realizada nesta segunda-feira (12), sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Ela foi morta na companhia do namorado, na Avenida São Geraldo, no Setor São José, em Goiânia, com um tiro pelas costas.
O representante do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos (foto à direita) requereu a condenação do vigilante nos limites da pronúncia. A sessão foi acompanhada por 14 defensores públicos recentemente empossados. O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi praticado por motivo torpe e com o emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 
Ao proferir a sentença, Jesseir Coelho ressaltou que a personalidade e a conduta social de Tiago Henrique são preocupantes, uma vez que usa práticas criminosas e que de acordo com o laudo médico pericial de insanidade mental ele possui transtorno de personalidade antissocial conhecido como “psicopatia”.
Tiago Henrique foi condenado a pena-base de 20 anos e 6 meses de reclusão. E, em razão da confissão espontânea perante a autoridade policial, a pena foi diminuída em 6 meses, tornando-a definitiva em 20 anos, e deverá ser cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães, no complexo prisional de Aparecida de Goiânia. Somadas, as penas impostas ao vigilante chegam a 564 anos e 4 meses de prisão – 24 condenações por homicídio, 1 por roubo a agência lotérica e 1 por porte ilegal de arma.
27º Júri
Nesta quinta-feira (15), Tiago Henrique enfrentará o 27° júri pela morte do morador de rua Marcos Aurélio Nunes da Cruz. O crime ocorreu por volta das 2 horas do dia 5 de novembro de 2012. O morador de rua estava embaixo da marquise de um supermercado no Setor Coimbra quando foi morto. A sessão será presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara no 1º Tribunal do júri da comarca de Goiânia a partir das 8h30. (Texto: João Messias - Estagiário do Centro de Comunicação Social do TJGO / Fotos: Aline Caetano)
