Cerca de 400 pessoas foram atendidas no fórum de Senador Canedo, durante o Projeto Acelerar Previdenciário, realizado nesta quarta (11) e quinta-feira (12). Segundo balanço divulgado pelo Núcleo Previdenciário, nos dois dias foram realizadas 142 audiências e resolvidos 132 processos de forma definitiva, ou seja, com sentença. Ainda conforme os dados, das audiências realizadas, 85 tiveram a concessão de benefício, num total de R$ 1.041.039,09.

O coordenador do Núcleo Previdenciário, juiz Reinaldo de Oliveira Dutra, destacou a importância do evento que, segundo ele, traz de volta a dignidade de pessoas carentes. “É comum verificar pessoas em situação de extrema dificuldade e que esperam a resposta da Justiça para receber uma verdadeira mudança de vida”, frisou.

Assim é o caso de Marcelina Pereira dos Santos (foto à direita), de 75 anos. “Marcelina é idosa e restou comprovada sua hipossuficiência financeira por meio do laudo socioeconômico”, pontuou Reinaldo Dutra, que condenou o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) a implantar o benefício assistencial do deficiente, a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), no valor de um salário-mínimo por mês, no prazo de 60 dias.  

Com problemas de pressão e coração, Marcelina disse que vai ajudar o marido nas despesas da casa. “Só vivemos com a aposentadoria dele. Não dá para pagar as contas e comprar nossos remédios”, afirmou. “Eu sempre acreditei e, hoje, graças a Deus deu certo. Eu acreditei em Deus e na Justiça. Estou muito feliz”, finalizou.

Também ficaram satisfeitos Maria Edileusa Coutinho Ribeiro, de 58 anos, e Álvaro Sampaio Ribeiro (foto à esquerda), de 64. Casados há 42 anos, eles saíram do fórum aposentados e passarão a receber um salário-mínimo cada um. “Graças a Deus conseguimos. Vamos parar de depender dos outros e poder comprar nossas coisas”, contou Maria, que até então precisava da ajuda de vizinhos e amigos. “Às vezes não temos dinheiro para comer porque a nossa prioridade é o aluguel da casa. Se a gente perde a casa, vamos morar na rua. Por isso, o dinheiro veio em tão boa hora. Só temos a agradecer”, falou. A audiência foi presidida pelo juiz Luciano Borges.

Com a perna direita amputada, Maria Nivalda de Araújo Lima (foto abaixo), de 63 anos, também foi aposentada. Ela já recebia desde o ano passado a pensão por morte do marido. “Ele morreu de câncer há pouco mais de um ano, mas ainda não acredito”, confessou. Com os dois benefícios que passará a receber, ela diz que ajudará os filhos. “Sou sozinha e meus filhos precisam mais do que eu. Nunca imaginei que pudesse ter os dois – pensão e aposentadoria, por isso que demorei a procurar a Justiça”, contou. (Texto: Arianne Lopes / Fotos: Aline Caetano – Centro de Comunicação Social do TJGO)

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