Em um formato presencial e mais dinâmico, o Encontro Regional da 7ª Região Judiciária, que tem como Comarca Polo Luziânia, foi aberto na tarde desta quarta-feira, 17, pelo corregedor-geral da Justiça de Goiás, desembargador Leandro Crispim, e pelo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Carlos França. Este é o primeiro encontro da gestão do desembargador Leandro Crispim e traz novidades como o Gabinete Itinerante do Corregedor-Geral. O evento é promovido pela Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás em parceria com a Escola Judicial do Tribunal de Justiça de Goiás (Ejug), responsável pelas certificações.
Antes da abertura oficial, o presidente do TJGO, desembargador Carlos França, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Leandro Crispim, receberam uma homenagem do jovem estudante Mateus Araújo Silva, de 12 anos, do Colégio Estadual da Polícia Militar do Estado de Goiás Ely da Silva Bráz. Ele transmitiu a ambos uma mensagem de reconhecimento aos serviços prestados pelo Judiciário.
Ao dar início aos trabalhos, o corregedor-geral disse que o fato do evento ocorrer inteiramente no âmbito presencial, embora com transmissão online na plataforma eletrônica Zoom Meetings e no Canal do YouTube da DPP/CGJGO, representa um marco porque acontece pela primeira vez dessa forma após o período pandêmico.
“Não desconheço que o uso dos sistemas virtuais é um magnífico avanço para a Justiça e abre a possibilidade de vários ganhos, mas a tecnologia não substitui o contato humano. O contexto atual, no entanto, exige uma magistratura cidadã”, ressaltou.
Essa versão atual do Encontro Regional na sua administração, foi reiterada por Leandro Crispim que ressaltou o papel consciente e fundamental da Corregedoria-Geral da Justiça, nos moldes contemporâneos.
“As atribuições do órgão censor vão muito além da mera repressão e fiscalização, propõem-se a olhar, a ouvir, a sentir, a dialogar, a orientar, a capacitar, a informar e a trocar experiências como os magistrados, os servidores, os colaboradores, os membros do Sistema de Justiça, bem assim a sociedade”, pontuou.
Gabinete Itinerante
De acordo com o desembargador, com esse mesmo intuito, foi instituído o Projeto Gabinete Itinerante do Corregedor-Geral, pelo Provimento nº 99/2023, por meio do qual serão desempenhadas por ele as funções atinentes à Corregedoria, diretamente, na comarca sede dos encontros regionais.
“Trata-se de um momento ímpar de radiografia das unidades jurisdicionais de cada região, de capacitação, de troca de saberes e boas práticas, de mapeamento de problemas, de busca de soluções e de integração institucional”, destacou.
Avanços e importância dos encontros presenciais
Manifestando imensa satisfação em participar dos encontros regionais realizados pela Corregedoria, o presidente do TJGO, desembargador Carlos França, que participou do evento via online, cumprimentou todos os presentes e, em consonância com o corregedor-geral, frisou a importância do retorno desses eventos no formato presencial.
“Chegou a hora de retomarmos o presencial. A ferramenta eletrônica nos permite participar dos eventos e é uma alternativa diante dos inúmeros compromissos que temos. Contudo, a conversa com a sociedade local, as orientações, a troca de ideias, são fundamentais para o avanço do Poder Judiciário”, acentuou.
O presidente do TJGO parabenizou o desembargador Leandro Crispim por inovar com a implantação do Gabinete Itinerante do Corregedor-Geral da Justiça.
“O Gabinete Itinerante é uma oportunidade única para colher informações da sociedade e, assim, buscarmos o aprimoramento dos serviços prestados pela Justiça”, evidenciou.
Judiciário transparente e participativo
Por sua vez, o juiz Marcus Vinícius Alves de Oliveira, auxiliar da CGJGO e coordenador dos Encontros Regionais, enalteceu as atuais gestões do TJGO e da Corregedoria citando os exemplos dos desembargadores Carlos França e Leandro Crispim como exemplos de notoriedade administrativa.
“Temos hoje a implementação de técnicas realmente eficientes para a melhoria do Poder Judiciário e da prestação jurisdicional tanto por parte do presidente do TJGO, desembargador Carlos França quanto do corregedor-geral, desembargador Leandro Crispim. Estamos aqui para ouvir, propor soluções e analisar cada demanda apresentada. Esse encontro demonstra que o Judiciário não é uma caixa-preta, ele é transparente e está de portas abertas para atender a todos os cidadãos”, enfatizou.
Sentindo-se honrada pela escolha de Luziânia para sediar o primeiro encontro regional de 2023, a juíza Célia Regina Lara, diretora do Foro local, elogiou o empenho das equipes da Corregedoria e dos servidores da comarca na organização do evento.
Ao dar as boas-vindas aos participantes, a magistrada mencionou os avanços da 7ª Região, bem como os vários problemas e desafios enfrentados.
“Debateremos essas questões a fim de melhorar a prestação jurisdicional para atender a nossa população com dignidade. A busca pela elevação da qualidade dos serviços públicos deve ser contínua e eficiente. A justiça atrasada, não é Justiça, senão injustiça qualificada e manifesta”, parafraseou o jurista Rui Barbosa.
Compuseram a mesa diretiva além do corregedor-geral, do presidente do TJGO, dos juízes Marcus Vinícius de Oliveira e da juíza Célia Regina Lara, os juízes Ricardo Dourado e Gustavo Assis Garcia (de forma online), auxiliares da CGJGO. Estiveram presentes também Gustavo Machado do Prado Dias Maciel, secretário-geral da CGJGO, Dahyenne Mara Martins Lima Alves, secretária-geral da Presidência do TJGO, Clécio Marquez, diretor de Planejamento e Programas da CGJGO, magistrados (as) e servidores (as) da 7ª Região Judiciária.
Programa Apoema: cultivando a paz no ambiente de trabalho
O primeiro painel da tarde foi ministrado pela servidora Maria Nilva Fernandes, diretora da Divisão Interprofissional Forense (DIF) da CGJGO, com o tema Noções Introdutórias do Projeto Apoema. Durante a exposição, Maria Nilva explicou como funciona o Apoema, que tem por objetivo apoiar as comarcas do Estado na promoção da cultura de paz e qualidade de vida no ambiente de trabalho, por meio de práticas restaurativas, utilizadas estrategicamente como instrumento de promoção da saúde emocional, autocuidado, autoresponsabilização e resolução de conflitos.
“O Apoema é destinado ao nosso público interno para cuidar dos magistrados (as) e servidores (as), incentivar a cultura de paz no trabalho, já que passamos mais tempo no ambiente profissional do que com a nossa própria família. Falar do Apoema é falar de gestão de pessoas. Ouvimos cada servidor, magistrado, nas suas angústias de forma sigilosa e estudamos a melhor maneira de realizar um trabalho com esses servidores para termos um resultado efetivo”, realçou Maria Nilva.
A saúde emocional e mental, assim como o autocuidado, foram outros pontos abordados pela psicóloga Ana Paula Osório Xavier, integrante da DIF, durante a apresentação do Apoema.
“Ter saúde emocional não é estar feliz o tempo todo, mas ter condições de lidar com as emoções, principalmente aqueles que fogem ao nosso controle como a raiva, por exemplo. Pedir ajuda também é autocuidado”, conclamou todos à reflexão.
Outros painéis
Na tarde desta quarta-feira, 17, foram apresentados ainda outros três painéis que abordaram o Projudi / PJD, Gestão Aplicada do Processo Eletrônico e da Unidade Judicial, e BNMP e Baixa Processual em Geral.
Integram também a 7ª Região Judiciária, além de Luziânia, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cristalina, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás. Veja galeria (Texto: Myrelle Motta - Diretora de Comunicação Social da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Goiás/Fotos: Agno Santos - Centro de Comunicação Social do TJGO)