Com cerca de 11 mil processos em tramitação, a comarca de Porangatu recebe de hoje (11) até quinta-feira (14) o Programa Acelerar – Núcleo Previdenciário. Para os quatro dias de trabalho, foram agendadas mais de 400 audiências previdenciárias, relacionadas à aposentadoria rural, à Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), pensão por morte, auxílio-acidente, por invalidez, por tempo de serviço e de auxílio-doença. Porém, nesta segunda-feira (11), as audiências seguiram até as 21 horas, por causa da falta de energia elétrica no fórum.

Os juízes Luciano Borges da Silva, Fernando Ribeiro de Oliveira e Joviano Carneiro Neto presidiram as bancas instaladas no fórum. “Viemos aqui para resolver os processos e só vamos embora quando isso acontecer. Como foi o caso de hoje”, disse Adilsom Canedo, secretário do Núcleo Previdenciário. 

De acordo com o diretor do foro local, juiz Felipe Alcântara Peixoto (à esquerda na foto), a força-tarefa colabora com a celeridade processual, uma vez que, o magistrado está sozinho na comarca desde 2013, que abriga três unidades judiciárias - 1ª Vara, 2ª Vara e Juizado Especial Cível e Criminal. Para ele, o mutirão atinge o maior objetivo do Poder Judiciário que é atender com rapidez àqueles que procuram os serviços da Justiça.

Felipe fez questão de agradecer aos colegas magistrados, do Tribunal de Justiça do Estado de Goias (TJGO), que se deslocaram de suas comarcas e aos servidores do fórum de Porangatu. “Esse trabalho só é possível devido ao esforço de cada um. O meu desejo é que vocês tenham uma causa justa”, falou aos presentes.

Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, de Porangatu, Victor Marques Martins Ferreira, o ponto mais importante do mutirão consiste em acelerar o julgamento deste tipo de processos. “Além de ser bom para o Judiciário e para nós advogados, quem mais ganha é a população. Queremos, acima de tudo, que o jurisdicionado saia daqui satisfeito”, afirmou.

Últimas audiências
Após quase um ano com uma ação na justiça, Sônia Ferreira da Silva Ramos, de 45 anos, conseguiu o direito da pensão por morte do marido. O acordo foi homologado, na noite de segunda-feira (11), uma das últimas audiências presidida pelo juiz Luciano Borges. “Valeu a pena esperar. O importante é que eu consegui e estou com a minha vitória”, comemorou.

O marido de Sônia morreu assassinado, em 1990. Deixando ela e dois filhos para criar. “Só eu sei o que esse benefício significa para mim. Cuido da minha mãe de 85 anos que está muito doente”, finalizou. (Texto: Arianne Lopes/Fotos: Aline Caetano – Centro de Comunicação Social do TJGO)