jjjjj - CópiaA presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, recebeu nesta sexta-feira (26) a visita da diretora de Planejamento da Secretaria da Gestão Estratégica (SGE) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Eunice Machado Nogueira, e da escrevente do judiciário da comarca de Luziânia, Maria Lúcia de Castro. A reunião objetivou buscar apoio para a organização de uma exposição que apresente processos dos séculos 19 e 20, de casos envolvendo violência contra a mulher.

A exposição vai acontecer no Fórum da cidade de Luziânia e também no Fórum Criminal de Goiânia, no Jardim Goiás, durante a programação da XII Semana da Justiça Pela Paz em Casa, entre os dias 26 e 30 de novembro. Segundo a escrevente Maria Lúcia, cerca de 25 sentenças antigas, ainda datilografadas, presentes na comarca de Luziânia e em Goiânia estarão a mostra para toda a comunidade.

A diretora Eunice Machado destacou que a exposição será relevante para que todos compreendam a evolução que a sociedade percorreu após a criação da Lei Maria da Penha.  “Há casos como o de um homem que matou uma mulher com 13 facadas na virilha. O acusado foi absolvido porque o juiz considerou a vítima como 'mulher da vida', conta Eunice.

Em outra sentença, a servidora Maria Lúcia destaca o julgamento de réu que assassinou a esposa porque presumia que a mulher tinha um caso extraconjugal com o vizinho. O homem também foi considerado inocente por ter agido em "defesa da honra".

A desembargadora Sandra Regina afirmou que a mostra irá desempenhar um papel importantíssimo, pois comprovará que a Lei Maria da Penha realmente impactou a vida das mulheres. “Os casos de violência contra a mulher não aumentaram, eles são proporcionais à atuação da Lei Maria da Penha que somente os tornou visíveis e, cada vez mais, vem conscientizando as mulheres sobre os seus direitos”, salientou a desembargadora. Também participaram da reunião as assessoras da Coordenadoria da Mulher, Lucelma Messias e Daniela de Pádua Rezende. (Texto: Amanda França – Estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)