Os moradores da Aldeia Indígena do povo Tapuia do Carretão participaram, na terça-feira (12) e nesta quarta-feira (13), de várias ações educacionais realizadas durante a 6ª edição do Projeto Justiça Itinerante, na comarca de Rubiataba. Além da prestação de diversos serviços à população da região, os indígenas tiveram a oportunidade de refletir sobre a história e a origem da aldeia.

Na terça-feira (12), moradores da aldeia Tapuia se reuniram no Colégio Estadual Indígena Cacique José Borges, onde participaram da Roda Antiracista e abordaram o tema "Acesso à Justiça, educação, violência de gênero e racismo. No encontro, eles falaram de suas experiências, vivências e preconceitos já enfrentados.

A roda foi aberta pela juíza Érika Gomes Barbosa Cavalcante, que coordena o Comitê de Acesso à Justiça do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e teve a participação das juízas Isabella Luiza Alonso Bittencourt e Illana Rosa Dantas Lents, além dos moradores da aldeia. “A proposta aqui é a gente ouvir a comunidade e nos aproximarmos de vocês, tentar debater um pouco mais sobre temas importantes que poderiam melhorar a qualidade de vida e o acesso aos direitos aqui na comunidade”, salientou a magistrada.

O cacique Dorvalino Augusto da Silva Tapuia agradeceu a presença de todos e do “olhar sensível” do Poder Judiciário e de outros órgãos para a comunidade. “Hoje aqui somos respeitados e um dos nossos maiores anseios é termos nossa cultura valorizada”, frisou. De modo igual, Weligton Vieira Brandão Tapuia, falou da importância da ação estar dentro da aldeia. “O que estamos vivendo aqui é um sonho, o que estamos vendo aqui hoje é resultado de muita luta. Autoridades

vindo até a nossa casa é uma vitória. Sofremos tanto preconceito e hoje vocês estão aqui”, disse.

Aparecida Ferraz de Lima Tapuia lembrou que a mulher Tapuia é forte. Ela foi a primeira mulher da aldeia a ter um diploma. “Tenho orgulho da nossa história, da nossa origem, da nossa cultura. Lutei e até hoje lutamos para conquistar nosso espaço”, destacou. “Luis Antônio Tapuia também falou do orgulho de pertencer à comunidade e dos preconceitos já vividos. “Hoje posso passar para as minhas filhas o que eu aprendi”, complementou.

Mais ações

Ainda durante a realização do Justiça Itinerante, integrantes da coordenadoria da Mulher, do Comitê de equidade e Diversidade de Gênero, do Coordenadoria de Igualdade Racial, do Comitê de Acesso à Justiça e da Coordenadoria da Infância e Juventude foram também até a aldeia, no colégio estadual, e conversaram com a comunidade, alunos e professores. Eles levaram diversos temas a comunidade.

Na quarta-feira (13), foi realizada uma palestra destinada a cerca de 20 crianças. Na ocasião, foram abordados temas essenciais de prevenção ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes. A iniciativa buscou sensibilizar os jovens sobre a importância de identificar e denunciar situações de risco. Durante a ação, foram distribuídos materiais educativos, reforçando o compromisso das coordenadorias com a proteção e o bem-estar infantil.



Já no primeiro dia, a Coordenadoria da Infância e Juventude, em parceria com a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e a Coordenadoria de Igualdade Racial, realizou uma ação no Colégio Estadual Indígena Cacique José Borges. A iniciativa teve como foco a conscientização sobre os direitos das crianças e adolescentes, violência doméstica e igualdade racial, reunindo cerca de 30 adolescentes que participaram ativamente das discussões. Durante a ação, foram distribuídos materiais educativos para promover o conhecimento e fortalecer a proteção de direitos. (Texto: Arianne Lopes/ Fotos: Leonardy Sales- Centro de Comunicação Social do TJGO)

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