Durante a semana de 11 a 14 de junho, a Vara de Família e Sucessões da comarca de Rio Verde realizou 87 audiências de tentativa de conciliação e obteve índice de 80% de acordo, o que totalizou o montante de R$ 3.299.420,17.

O evento foi coordenado pela juíza titular da Vara de Família e Sucessões de Rio Verde, Coraci Pereira da Silva, com colaboração de uma conciliadora, três assistentes e estagiários. De acordo com a magistrada, casos foram solucionados de forma célere e com resultado satisfatório para as partes.

Entre as ações constantes da pauta, houve um caso em que tanto a esposa quanto o esposo haviam requerido o divórcio, gerando duas ações paralelas. No ato da audiência, ao perceber que o casal ainda nutria afeto um pelo outro, foi tentada a reconciliação, com êxito, haja vista os cônjuges terem afirmado estar em casa separada, porém haviam reatado o namoro, atribuindo a separação o motivo de interferência de familiares no relacionamento e imaturidade do casal. Informaram ter uma filha de cinco anos, para a qual o pai dedica atenção e carinho.

Em uma ação de guarda, o casal tem dois filhos, sendo um menino e uma menina. Durante a audiência, convencionaram que o filho permaneceria sob a guarda da mãe e, a filha, sob a guarda do pai. No entanto, ambos irão contribuir para a educação e sustento dos filhos, sendo que o direito de convivência com o filho que está sob a guarda de um dos pais será exercido livremente pelo outro. Assim, os dois – pai e mãe - se responsabilizam pelos filhos, sem necessidade de fixar alimentos.

Um outro caso que chamou a atenção foi o de uma mulher que compareceu na audiência juntamente com os filhos que teve com o companheiro. A união do casal ocorreu por meio do “casamento religioso”, porém, sem efeito civil, pois foi celebrado antes da Constituição Federal de 1988 e perdurou por 45 anos, sem que o casal formalizasse o matrimônio com efeito civil. A autora informou que nunca houve ruptura do relacionamento, que durou até a data do óbito do companheiro, ocorrido em 22 de setembro de 2018, sendo que todos os quatro filhos concordaram com o reconhecimento da união estável. (Centro de Comunicação Social do TJGO)

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