Foi inaugurado, nesta terça-feira (24), em Anápolis, mais um centro judiciário de solução de conflitos – o 23º em dois anos e o 3º da comarca de Anápolis. Instalada no Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica, a unidade, coordenada pelo juiz de direito Algomiro Carvalho Neto, tem o objetivo de oferecer sistemas alternativos de solução de conflitos por meio da conciliação e mediação.

Anápolis é a segunda maior comarca do Estado com mais de 150 mil processos em tramitação. Com a instalação do 3º Centro Judiciário de Solução de Conflitos de Anápolis, a expectativa é que haja redução no volume de processos. Para o coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Conflitos do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), juiz Paulo César Alves das Neves, métodos alternativos como a conciliação e mediação tornam ágil a prestação jurisdicional dando uma resposta mais rápida ao jurisdicionado.

De acordo com Paulo César, a instalação do Núcleo tem "importância singular", pois a implantação de métodos judiciais alternativos promove a entrega da prestação jurisdicional com mais rapidez. "A vida do processo fica mais curta e as partes saem mais satisfeitas com o resultado obtido, pois evita-se uma execução", afirmou. O novo Centro, de acordo com o magistrado, representa uma parceria histórica entre o Poder Judiciário e a Uni-Evangélica, por se transformar em um local para atendimento da comunidade e um  ótimo estágio para os alunos da faculdade de Direito, "fortalecendo a cultura da paz na formação dos acadêmicos".

O coordenador do 3º Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Anápolis, juiz Algomiro Carvalho Neto, entende que a unidade vai fortalecer a pacificação social. "O Centro busca resolver litígios entre pessoas físicas, jurídicas e poder público através da conciliação. Vai também desafogar o Poder Judiciário, reduzindo o quantitativo de processos, que se avoluma anualmente". Para ele, o Centro também vai levar ao estudante de Direito a cultura da conciliação e mediação, que passará a ser obrigatória no novo Código de Processo Civil (CPC), através da realização de audiência preliminar de concliliação".

A instalação da unidade visa também o fortalecimento da prática e pesquisa aos estudantes de Direito, já que vai permitir que 1.445 acadêmicos utilizem o espaço, que conta com sete salas de mediação e conciliação para atendimento prévio, além de cartório. De acordo com o coordenador do curso de Direito da Uni-Evangélica, Marcelo Henrique dos Santos, os futuros operadores do Direito já terão a oportunidade de se relacionar com nova realidade, “que prioriza a solução de conflitos de maneira consensual”. Para ele, o grande desafio “é mudar a ideia do perde e ganha”. Explicou também que uma das preocupações da instituição de ensino é, por meio da extensão e outras atividades, fechar o ciclo da teoria e prática.

A solenidade de inauguração do Centro Judiciário contou com a presença dos juízes-auxiliares da Presidência, Felipe Vaz de Queiroz e Sebastião Carvalho Neto, que representaram o presidente do TJGO, Leobino Valente Chaves, e do reitor da UniEvangélica, Carlos Hassel Mendes. (Texto: Aline Leonardo e João Carlos de Faria, com a colaboração de Giuliane Nascimento)